CASA DA FLOR
Ouço o vento Sudoeste
cantar desde Cabo Frio,
no vento ruidoso de agosto...
Para mim,
olho de moinho é
miolo de margarida,
semeada em muros e paredes,
que amornecem meus dias....
Deito flor de cacos ao chão,
pedaços de pratos,
e suas pétalas pintam as pás
do doce moinho que gira,
empurrando o mar
para longe do sal.
Nas salineiras,
voam margaridas ao vento,
enquanto cultivo riqueza
à entrada de minha casa pobre,
feita de caco, feita de cor.
É que anjos vivem de sonhos
e eu sonho com o vento
sussurrando no frio da lagoa,
que casa tem de ser assim:
tesouro com "coisinhas de
nada",
no semeio da Região dos Lagos,
acolhendo visitantes,
do Brasil todo, e do exterior
à Casa da Flor.
Relíquia de Gabriel dos
Santos,
de São Pedro da Aldeia,
o anjo que edificou.
@CrisDakinis
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