UM JARDIM DE SAUDADE
O
meu olhar divaga distraído...
Sequer
repara em chuva ou estio,
ele
contempla em cheio esse vazio
onde
a saudade tem sobrevivido.
Em
meu canteiro, antes tão florido
secam
sementes de todo feitio...
Só
sempre-vivas de solo sombrio
brotam
do nada no jardim perdido.
Insistem
os amigos a dizer:
Deixa
o passado, vem espairecer!
Em
meu disfarce, escondo a nostalgia...
Mas
a saudade em turnos recorrentes
vem
completando bodas permanentes
e
faz-me companhia... Todo dia!
Cris Dakinis
(Menção Honrosa - Academia Jacarehyense de Letras - Festival Chave de Ouro 2012)
Cris Dakinis
(Menção Honrosa - Academia Jacarehyense de Letras - Festival Chave de Ouro 2012)