quinta-feira, 17 de setembro de 2009
EM SETEMBRO DE 2009 - 17/09
EM SETEMBRO DE 2009
terça-feira, 15 de setembro de 2009
EM SETEMBRO DE 2009
POEMA SOB MEDIDA
Alguns poemas são elaborados
Outros, copiados e imitados
Há ainda poemas remendados ...
Os recortados, colados, plagiados !
Poemas que são filmados
Alguns, até legendados ...
Nunca ouvi poemas dublados
Mas devem existir: coitados !
E os poemas declamados
Lidos por entusiasmados
Que com olhos revirados
Cansam ilustres jurados ?
Há poema de minha casinha
Rimando com bela florzinha
Há poemas premiados
Esses, decerto, louvados !
E rimam saudável e estável
Numa poetização descartável
Portanto, que achem indecente:
Farei deste aqui concorrente !
*Cris DakinisEM SETEMBRO DE 2009
ROM@NCE VIRTU@L
23:15 -
“O gosto de tua língua
É morno, algo tão bom!
Brincando neste balanço
Adeus meus “gloss” e batom...”
23:18 -
“O cheiro de tua presença
É manso, um sonho lindo!
Percorro o seu corpo todo
Aspiro e vou subindo...”
Como eles escrevem isso
Ao longo da tela fria?
De tanto virtualismo
Amor por telepatia...
Romance dos mais perfeitos
Distantes; vã ilusão!
De longe, não há defeitos
É pura digitação...
*Cris Dakinis
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
EM AGOSTO DE 2009
DESTAQUE NA ACADEMIA CACHOEIRENSE DE LETRAS/ES
Meu filho desenhou o planeta Terra com lágrimas saltando da parte líquida do globo e explica ao apontar para a palavra abaixo do desenho: “chorando”. Daí segue-se, a cada página do seu livro, uma sequência de desenhos a respeito da preservação do meio ambiente. Eu cismo...
O fato do ser humano ter degradado o planeta em aproximadamente pouco mais de um século onerou-nos dessa responsabilidade __ ou irresponsabilidade __ que é proposta aos herdeiros da Terra: às crianças. A elas entregamos o encargo de encontrar soluções __ às detentoras de criatividade. Há de se criar, ou melhor, recriar o mundo, que é também delas e será de seus descendentes. Mas que mundo lhes passamos?
Lembro-me, quando na escola, de termos discutido sobre os perigos do aquecimento global, mas não era tema que nos propusesse inspirações para desenhos nas horas livres. Havia alertas sobre a poluição do meio ambiente, entretanto, não debatíamos, por exemplo, sobre o destino das garrafas “pet” de plástico, até porque, isso nem existia, pois as garrafas de refrigerante eram de vidro. Quando as garrafas plásticas surgiram no mercado, disseram-nos que eram mais práticas e econômicas. Ninguém sabia que não eram biodegradáveis. Lá em casa, ninguém sabia, não! Voltávamos do supermercado com sacolas de papel, cujas alças eram resistentes e as aproveitávamos para usos posteriores. Quando surgiram as sacolas plásticas, a idéia era de que eram mais higiênicas e práticas. O descartável era o “ideal”. Nunca mais vi copinhos de refrigerante feitos de papel em festas infantis. Lenços de tecido? Jamais! Os lenços descartáveis eram bem mais higiênicos! Tudo passou a ser descartável... E agora vejo meu filho beber água e despejar o que sobra no copo num vaso de planta para aproveitar a água. Está certo! Só não entendo por que não fizemos isso antes de poluirmos o planeta todo.
Voltando ao “Livro do Mundo”... Os desenhos ao longo das páginas ilustram a separação do lixo por lixeiras coloridas. Em cada uma delas, o material apropriado é desenhado entrando pelas lixeiras adentro... Devo admitir que os desenhos são lindos, mas que eu preferia ver meu filho desenhando um pássaro ou uma floresta... No entanto, entendo que é chegado o tempo de consertar: reutilizar e reciclar (ele fala em reciclar como eu falava em pedalar minha bicicleta quando possuía sua idade). Há no livro também: pneus, pedaços de troncos e latinhas de conservas. __ tudo amontoado junto a uma lagoa cinzenta cheia de mosquitos riscada por um enorme X __ o proibido, o que não devemos fazer. Noutra página, encontro o desenho de uma vassoura __ ela sozinha na página. Debaixo dela está escrito: “Mundo Limpo”. Afinal, eu vejo desenhos animadores e coloridos: o mundo sorrindo e uma imensa lagoa com peixes coloridos; o texto diz: “Mundo Feliz”.
Volto a acreditar num mundo lindo, porque seus herdeiros estão empenhados em solucionar os desafios da degradação do meio ambiente e já não me sinto culpada de beber meus oito copos de água ao dia (sem desperdiçá-los!).
Em vários lares, eu creio, há crianças desenhando, criando e recriando o mundo que possuímos um dia. “O LIVRO DO MUNDO” tem um final feliz. Que alívio para todos nós!