terça-feira, 29 de novembro de 2011

DESCALÇA por Henriette Effenberger




















Quando meus medos me abandonaram,
minha alma descalça pisou cacos de saudade
e meus pés feridos sangraram angústias inúteis.

Foi então que a vida me encontrou.

Devolvi a capa de sonhos,
o par de óculos azuis, os anéis, as alianças,
as luvas que guardaram afagos...

Vencidos os moinhos de vento,
despi a armadura enferrujada,
prendi Rocinante à linha do horizonte
e parti.
(Henriette Effenberger)

2 comentários:

Cris Dakinis disse...

Este poema foi bem premiado, com merecimento __ É lindo DEMAIS!
Parabéns, Henriette! :)

Marcela disse...

Lindo demais mesmo!!!