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Descalçar os sapatos
descartar os saltos altos
Antes porém,
espezinhar pesadelos:
sem botas de léguas,
sem tréguas,
percorrer percursos
áridos e
embotar a dor
pisada e repisada.
Calçar os sonhos adiante,
galgar nuvens claras,
atravessar tormentas,
dissipar tempestades
para alcançar o étereo,
seguir os rastros de astros,
voar nas sandálias de Hermes por anos-luz
enfim,
pousar na Terra
somente para plantar a casca
*Cris Dakinis
(Poema classificado no Prêmio SESC-DF de poesia Carlos Drummond de Andrade- edição 2010, a constar da Antologia SESC - poesia)
3 comentários:
Cris, a sua JORNADA é fenomenal. Espero que você continue "alçando o etéreo" com esta fértil e sublime inspiração. Abraços.
Tomara, meu Amigo... Muito obrigada pelo gentil comentário :)
Muito bom, Cris. Está tudo aí!
Exala humanidade em todo o poema.
Abraços, poetisa.
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