MALVINA
Sem velas pra queimar
Cem velas ela acendera
Arderam por seu amor
Um jovem pescador
Que sequer a conheceu
Treze flores ressecadas
Sete cores desbotadas
Malvina construiu um castelo
Num nebuloso e etéreo altar
Guardou a Lua Negra na noite
Até o astro inteiro inchar
Para dourar o seu caminho
Cantou o vento do Norte
Viajando pelos “cumulus”
Do passado fez recorte
Lançou fora as correntes
E seus adornos de sementes
Voou pela tempestade
Rojões de trovoadas, raios de sina!
Malvina sem um amor de verdade...
Malvina banhada de lavanda
Da suíte com varanda
De frente pro mar
Fez sua única maldade:
Malvina adoçou o mar...!
*Cris DakinisRevista Samizdat: http://samizdat.oficinaeditora.com/
6 comentários:
Amei essa Malvina !
Rsss... Obrigada! Ela escapou do "Tsunami", lembra?
bj!
Oi, Cris. Que legal o seu blog! Procurei você depois que, coincidentemente, fomos premiadas nos 2 mesmos concursos literários. Em abril, nos 2°s Jogos Florais do Século XXI, de que resultou um livro e cujo evento foi em Montevidéu, e recentemente no Serra Serata, de Petrópolis. Coincidências à parte, foi um prazer visitar seu blog. Saudações poéticas!
Muito obrigada Daniela Damaris! É uma imensa honra tê-la adicionada ao meu blog e aos meus contatos :)
Mergulhamos com Malvina, tal o poder das palavras da autora. Parabens, Cris, mais uma vez.
Que beleza de poema, Cris. Menção honrosa merecidíssima. Um poema com muitas metáforas intensas, com amargura e magia que funcionam como um exorcismo ou catarse -sempre presentes nos bons poemas.
Parabéns pelo trabalho.
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