quinta-feira, 27 de março de 2014

SECULT divulga resultados do Prêmio Teixeira e Sousa - poesia vencedora de 2014: Sinfonia, de Cris Dakinis



 A cerimônia de premiação e ordem de classificação será conhecidas no dia 29 de março de 2014, às 19 horas, no Museu José Dome - Charitas / Cabo Frio/RJ.

Há colegas de premiações literárias anteriores também selecionados:


Confira abaixo a classificação dos cinco premiados em Conto, Crônica e Poesia:


CONTO

Gerson Augusto Gastaldi

Juliana Dalpian

Pablo B. Falcão

Pedro Diniz de Araújo Franco

Ruth Hellmann Claudino


CRÔNICA

Ana Catarina Vitorino Ávila

Geraldo Chacon

Julio Cesar Ávila da Silva

Newton de Souza Nazareth

Taciana Bárbara Julio


POESIA

Ana Cristina Mendes Gomes (CRIS DAKINIS)

Antonio Pedro da Fonseca

Carlos José Tavares Gomes

Flávio Rubens Macahdo de Queroz

Kaynã Arruda Castor de Moura

SINFONIA

 (vencedor da categoria poesia)

De aromas

que abraçam

cada estação:

                    corpo e solo,

                        marés e luar,

                             suor e sereno.

                                                 São aquarelas iludindo toques...

 

De acordes

que revivem

entardeceres:

                    assovios alados,

                          areia no vento,

                                ranger de redes.

                                                       Chuva riscando vidraças...

 

De sabores

que reúnem

todo afeto:

                  recém-nascido ao seio,

                         mantas coloridas,

                              folia de felinos filhotes.

                                                       Sabendo tudo à poesia...

                                                  Ao sol,

                                            ao sal...

                                       A sinfonia

                                 de arrastão,

                            do mar

                       ao cais,

                 à maresia.

 

                                                                                   Cris Dakinis

Meu soneto "Só o impossível" do livro ADÁGIO ENSOLARADO, classificado para a antologia da VII edição do Festival Chave de Ouro



O Festival de Sonetos Chave de Ouro é promovido pela Academia Jacarehyense de Letras / SP.
Tive a honra de ter um soneto meu selecionado novamente para publicação em livro, ao lado de obras de colegas sonetistas estimados e renomados.

SÓ O IMPOSSÍVEL
Desejo a cor que não existe mais,
O p&b das fotos do passado...
Ler um rascunho que foi apagado,
Sinto saudades de tudo que jaz.
O que renasce, mas ninguém refaz.
Obra divina, a chave do sagrado...
O impossível de ser recriado,
E o sabor que não provei jamais
A cordilheira de rubis imensos,
O fruto extinto que brotou sem-fim
Na Babilônia, nos Jardins Suspensos...
Sonhar em sépia em rede carmim,
Livrar soldados de campos sangrentos...
Só o impossível que desejo enfim!

Cris Dakinis
 
* Imagem buscada no Google e encontrada noastrologiaeradeaquario.blogspot.com

Meu "Soneto do Recolhimento" do livro ADÁGIO ENSOLARADO, classificado no 3º Concurso de Poesia da Fundação José Francisco de Sousa/PB


Soneto classificado na Categoria Erudito. Bem acompanhado, ao lado das obras de vários colegas literários de longa data.

SONETO DO RECOLHIMENTO
 
Faz falta a lua ao alto da lagoa,
sorrindo luz depois que o sol partia.
Agora há nuvens, frio e garoa,
sem sol, sem lua, sem a poesia.
 
O sal do mar é insípido e à toa,
nem se compara às lágrimas do dia,
que eram de risos em nossa canoa
onde o sabor dos líquidos fluía.

Fugiu o chão de areia pelo vento,
secou o orvalho do jardim inteiro,
cujo perfume era de acolhimento...
 
Evaporou o aroma pelos ares...
E os passarinhos, mudos, sem canteiro,
guardam nos ninhos todos os cantares.

Cris Dakinis
 
* Imagem buscada no Google e encontrada no eu-proprio-aqui.blogspot.com